
Bom dia! Este é o Daily Fin – seu resumo diário de notícias e negócios, de uma forma simples e descomplicada.
Na edição de hoje, as principais manchetes são:
🇧🇷 Contas no limite. Brasil fecha maio com rombo fiscal e dívida de R$ 9,3 trilhões.
🌎 Dias decisivos. A dias do fim da trégua, EUA firmam novos acordos comerciais — mas Brasil segue de fora.
💄 Beleza de bilhões. Rare Beauty, de Selena Gomez, agora vale US$ 2,7 bilhões.
Neste dia, em 1941, os Estados Unidos exibiram seu primeiro comercial de TV, feito pela Bulova Watch Co. O anúncio durou 10 segundos e custou apenas US$ 9. A propaganda histórica abriu caminho para o que hoje é um setor bilionário da mídia global — veja aqui o comercial.
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A edição #511 de hoje conta com 2.033 palavras e um tempo de leitura de 5,76 min.
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Imagem: RadarFin | Divulgação
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FECHAMENTO DOS MERCADOS

Data de referência em relação ao dia de ontem, 30/06.
Horário de referência para o Bitcoin: 18h.
O Ibovespa fechou em alta de 1,45%, aos 138.855 pontos, nesta segunda-feira (30). Em Wall Street, o S&P 500 avançou 0,52%, enquanto o Nasdaq teve alta de 0,47%.
Por aqui, o destaque ficou com o Caged, que registrou a criação de 148,9 mil vagas formais em maio — abaixo da expectativa de 171,8 mil.
O resultado reforçou a leitura de um mercado de trabalho “menos aquecido”, o que tende a aliviar pressões inflacionárias e abrir espaço para cortes na Selic.
Com esse cenário, ações mais sensíveis aos juros ganharam força. Magazine Luiza (MGLU3) subiu 5,91%, enquanto MRV (MRVE3) avançou 7,60%.
Também no pregão de ontem, as bolsas americanas bateram novas máximas históricas. Já o dólar comercial caiu -0,91% e atingiu sua mínima do ano, fechando a R$ 5,434.
NOTÍCIAS - BRASIL
Brasil fecha maio com rombo fiscal e dívida de R$ 9,3 trilhões

Imagem: Brazil Journal | Reprodução
Contas no limite. Em maio, as contas do setor público consolidado — que inclui União, estados, municípios e estatais — fecharam com um déficit primário de R$ 33,7 bilhões, segundo dados do Banco Central, divulgados ontem (30).
Traduzindo o “economês”: O déficit primário acontece quando o governo gasta mais do que arrecada, desconsiderando os juros da dívida pública. Se ele arrecada mais do que gasta, o resultado é um superávit.
Porém, apesar do rombo em maio, o acumulado do ano mostra sinais de fôlego. De janeiro a maio, o setor público registrou um superávit primário de R$ 69,1 bilhões — o equivalente a 1,35% do PIB. No mesmo período de 2023, o saldo estava negativo em R$ 2,6 bilhões.
Vale lembrar que a meta fiscal do governo é zerar o déficit primário em 2025. O novo arcabouço fiscal permite uma folga de até 0,25% do PIB — cerca de R$ 31 bilhões — sem que a meta seja oficialmente descumprida.
Indo mais além… Quando entram os juros da dívida na conta — o que é chamado de “resultado nominal” —, a história muda. No acumulado de 12 meses até maio, o rombo bateu R$ 922 bilhões, o equivalente a 7,58% do PIB.
Basicamente, assim como quem paga juros quando toma um empréstimo, o governo também precisa pagar para financiar sua dívida — e isso pesa no caixa.
O que mais foi divulgado? A dívida bruta brasileira — ou seja, o total que o país deve — chegou a 76,1% do PIB, somando R$ 9,3 trilhões. Para efeito de comparação, quando Lula assumiu o governo, a dívida estava em 71,7% do PIB.
Além disso, as estatais federais registraram déficit de R$ 3,48 bilhões nos cinco primeiros meses do ano — o maior valor para o período na série histórica, iniciada em 2002.
Mais destaques no país:
📉 Queda de prestígio? 'The Economist' diz que Lula perdeu influência no exterior e está cada vez menos popular no Brasil.
🌾 Fertilizando alianças. Em aceno ao agro, Lula lança Plano Safra para agricultura familiar com repasse de R$ 89 bilhões.
🗣️ ‘Pode gritar’. Haddad diz que governo faz 'justiça social' e rebate críticas sobre aumento de impostos.
🕵️♂️ Investigação 4.0. Ministério da Justiça regulamenta uso de IA em investigações criminais.
NOTÍCIAS - MUNDO
A dias do fim da trégua, EUA estão firmando novos acordos comerciais — mas Brasil segue de fora

Imagem: Reuters | Reprodução
Dias decisivos. Restando menos de duas semanas para o fim da pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas impostas por Trump, os EUA seguem negociando como se estivessem em um episódio de “House of Cards”.
🇬🇧 Começando pelo Reino Unido, ontem (30), entrou em vigor o acordo com os EUA que reduz tarifas sobre exportações britânicas dos setores automotivo e aeroespacial.
Basicamente, fabricantes de automóveis britânicos agora podem exportar para os EUA com uma cota tarifária reduzida de 10%, o que deve garantir competitividade e proteger empregos.
O Reino Unido foi o primeiro país a firmar um acordo para redução de tarifas com Trump. Em troca, as importações de carne bovina e etanol norte-americanos também sofrerão menos impostos.
🇨🇦 Indo para a vizinhança, o governo do Canadá decidiu cancelar o Imposto sobre Serviços Digitais para retomar as negociações comerciais com os Estados Unidos.
O cancelamento veio após Trump suspender as conversas comerciais entre os dois países, alegando que o imposto era “um ataque direto e flagrante” aos EUA.
A relevância: O Canadá é o maior comprador de mercadorias dos EUA e importou US$ 349 bilhões em produtos em 2024. Mais do que isso, é a 3ª maior fonte de produtos estrangeiros para os norte-americanos.
🇨🇳 Já em relação à China, as tarifas seguem em vigor — e estão surtindo efeito. Em maio, Trump acabou com a isenção para compras de até US$ 800 vindas da China e passou a cobrar taxas de 30%.
Com isso, usuários mensais da Temu e da Shein nos EUA caíram -51% e -12% entre março e junho, respectivamente.
E o Brasil? Embora o Brasil não tenha sido um dos mais impactados pelas tarifas, com alíquota de “apenas” 10%, o país continua sujeito às tarifas de 50% sobre aço e alumínio — e não tem nenhuma negociação em andamento. A ver…
Para saber mais... A volta ao mundo em menos de 1 minuto:
🇺🇸 Batalha fiscal. Senado americano vota proposta de cortes de impostos de Trump, chamada “One Big Beautiful Bill”.
⚖️ Deu o que falar. Suprema Corte dos EUA dispensa alunos de aulas que abordem livros com conteúdo LGBTQIA+.
🛢️ Petróleo em disputa. Justiça determina que Argentina entregue sua participação de 51% na petroleira estatal YPF.
💸 Moeda desvalorizada. Dólar tem seu pior primeiro semestre em mais de 50 anos, desde 1973.
NOTÍCIAS - EMPRESAS
Rare Beauty, de Selena Gomez, agora vale US$ 2,7 bilhões

Imagem: People.com | Reprodução
Beleza de bilhões. A Rare Beauty, marca de maquiagens de Selena Gomez, superou US$ 540 milhões em vendas líquidas e agora está avaliada em US$ 2,7 bilhões — consolidando-se como um dos maiores sucessos do mercado global de beleza.
Por trás, está o alcance de Selena — que, além do sucesso na TV, é a terceira pessoa mais seguida do Instagram, com 419 milhões de seguidores, atrás apenas de Cristiano Ronaldo (659 milhões) e Lionel Messi (505 milhões).
Lançada em 2020, a Rare Beauty conquistou a geração Z com vídeos virais no TikTok e se beneficiou da imagem da artista — que soube transformar seu prestígio pessoal em um negócio bilionário.
Para se ter ideia, o blush líquido da Rare Beauty se tornou um best-seller e ajudou a marca a representar mais de 26% das vendas de blush da Sephora.
Quadro geral: Segundo a Forbes, Selena possui um patrimônio líquido estimado em US$ 700 milhões, colocando-a entre as 7 celebridades mais ricas dos Estados Unidos.
E sua trajetória não é incomum. Cada vez mais, marcas lideradas por criadores de conteúdo vêm ganhando força no setor: 💄
Há um mês, Hailey Bieber vendeu sua marca de beleza, Rhode, para a e.l.f. Beauty em um acordo avaliado em até US$ 1 bilhão;
A cantora Rihanna se tornou bilionária graças à sua marca de lingerie Savage x Fenty e às maquiagens da Fenty Beauty;
No Brasil, a WePink, de Virginia Fonseca, faturou R$ 750 milhões em 2024.
💭 No fim das contas, influenciadores estão deixando de ser apenas garotos-propaganda — e virando players centrais no jogo.
Um pulo pelo mundo corporativo:
🧠 Força máxima. Meta oficializa criação de laboratório de superinteligência, liderado por Wang, ex-CEO da Scale AI.
🚀 Subindo no ranking. Jensen Huang, CEO da Nvidia, volta ao Top 10 dos bilionários mais ricos do mundo.
🏛️ Na berlinda. Governo Trump conclui que Harvard violou direitos de estudantes e ameaça corte total de recursos.
⚡ Aposta no futuro. Google anuncia compra de 200 megawatts de energia de fusão — que ainda nem existe.
NOTÍCIAS DIVERSAS

Imagem: Daytona Beach News | Reprodução
Veja outras curiosidades sobre ciência, esportes, arte e mais.
🏎️ Velocidade nas telonas. Estrelado por Brad Pitt e com participação de Lewis Hamilton, “F1 – O Filme” liderou as bilheterias no Brasil em seu fim de semana de estreia, arrecadando R$ 9,8 milhões e atraindo 365 mil espectadores. Globalmente, o filme arrecadou quase R$ 800 milhões — marcando a maior estreia da Apple nos cinemas. O filme conta a história de um ex-piloto que retorna às pistas e é dirigido por Joseph Kosinski, de “Top Gun: Maverick”.
E já que o assunto é audiovisual… No festival de publicidade Cannes Lions, a agência brasileira DM9 perdeu seu Grand Prix após admitir usar dados manipulados por IA em campanha.
⚽🎾 2 em 1 dos esportes:
Nas oitavas de final do Mundial de Clubes, na tarde de ontem (30), o Fluminense fez história ao vencer a Inter de Milão por 2 a 0, com gols de Germán Cano e Hércules. A classificação rendeu mais US$ 13,1 milhões (R$ 72,1 milhões) em premiação, totalizando R$ 220,6 milhões.
Em Wimbledon, João Fonseca venceu o britânico Jacob Fearnley por 3 sets a 0 (6/4, 6/1 e 7/6) e garantiu vaga na segunda rodada do Grand Slam. Atualmente, Fearnley ocupa o nº 51 no ranking da ATP — acima de João (54º).
🤖 Campeonato de robôs. A China realizou, neste sábado (28), seu primeiro campeonato oficial de futebol entre robôs humanoides, a “RoBoLeague”. Quatro equipes universitárias programaram os robôs, que jogaram de forma totalmente autônoma. Alguns chegaram a cair em campo e foram retirados por uma “equipe médica” — veja aqui.
Ampliando a visão: Em agosto, Pequim sediará os Jogos Mundiais de Robôs Humanoides, com mais de 10 modalidades. Até 2028, o mercado chinês de robótica pode atingir US$ 108 bilhões e, até 2050, somar mais de 300 milhões de robôs.
TRAZENDO À CENA
Buscando novidades e inspirações?
📈 Bastidores do crescimento. No podcast “Talks by Léo”, Dener Lippert explicou como estruturou um ecossistema de mídia, dados e IA para escalar a V4 Company, a maior assessoria de marketing digital do país (Assistir).
🛸 Conspiração alienígena. A Universal Pictures divulgou o teaser de “Bugonia”, filme em que dois jovens sequestram uma CEO por acharem que ela é uma alienígena prestes a destruir a Terra (Assistir).
ETC.
Sai tela azul, entra tela preta

Imagem: RadarFin | Divulgação
🔵→⚫ A famosa “Tela Azul da Morte” (BSOD) do Windows, que dominou seus sistemas por quase 40 anos, está com os dias contados. Uma nova versão, que apresenta uma mensagem de erro em uma tela preta, eliminará a tradicional cor azul e o rosto triste. A proposta é trazer maior clareza — sinalizando o código responsável por travar o sistema, além de informações para facilitar a solução de problemas.
Daily Fin ☕
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Texto e curadoria das notícias: André Hermeto, Gabriel Branco e Gabriel Fraga.