— edição Business —
Bom dia! Este é o Daily Fin Business – nossa edição especial aos domingos, com insights e notícias sobre o mundo dos negócios.
As principais notícias de hoje são:
🛫 Delta Air Lines aposta em IA para definir valor da passagem.
📈 Um ‘resumão’ da primeira semana da temporada de resultados nos EUA.
🍿 Ingressos para novo filme de Christopher Nolan esgotam com um ano de antecedência.
Tempo de leitura: 5,85 minutos.
Escrito por: André Hermeto, Gabriel Branco e Gabriel Fraga.
PARA AVALIAR O IMPACTO 💭
Delta Air Lines aposta em IA para definir valor da passagem
Imagem: Axios | Reprodução
Cada um com seu preço. A companhia aérea Delta Air Lines quer mudar a forma como você paga pela passagem — e, para isso, está apostando na inteligência artificial. A proposta é criar tarifas personalizadas, que variam conforme o perfil de cada passageiro.
O sistema funcionará como um “superanalista” que opera 24 horas por dia. Ele ajustará os preços em tempo real com base na demanda, nos horários e no histórico de compras do cliente.
Isso pode fazer com que dois passageiros paguem valores diferentes pelo mesmo voo, mesmo comprando exatamente com a mesma antecedência. Atualmente, cerca de 3% dos bilhetes já são definidos por esse modelo — e a meta da Delta é elevar esse número para 20% até o fim do ano.
A novidade, no entanto, tem gerado polêmica. Senadores americanos chamaram a prática de “predatória”. Além disso, como o sistema não informa os critérios usados, especialistas alertam para a falta de transparência, já que é difícil saber se fatores como localização ou renda influenciam no preço final.
Ainda assim, apesar das críticas, outras companhias estão seguindo o mesmo caminho. A United Airlines já usa IA para prever e comunicar cancelamentos. Já a American Airlines aplica a tecnologia para identificar passageiros que provavelmente perderão o voo.
E essa lógica não está restrita ao setor aéreo. Redes de fast-food, como a Wendy’s, também estão testando preços dinâmicos em tempo real com apoio de IA — até mesmo para vender um simples hambúrguer. 🍔
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Afinal, o que faz as ações de uma empresa subirem?
EM PARCERIA COM INVESTINGPRO
Imagem: Medium | Divulgação
Taxas de juros, tarifas, IOF, preços de commodities... tudo isso são apenas variáveis que, ao fim de cada trimestre, podem ou não impactar o resultado final do balanço de uma empresa.
No fim das contas, o que realmente define o valor de uma ação — e o futuro de quem aposta nela — são números como receita, margem e lucro por ação.
Pensando nisso, veja alguns resultados do 2T25, divulgados na última semana, das maiores empresas do mundo: 🌎
TSMC: A maior fabricante de chips do mundo registrou lucro 61% acima do 2T24. O CEO da empresa destacou uma demanda forte e sustentável por IA no curto prazo e elevou sua projeção de crescimento de receita no ano de 20% para 30%.
Netflix: O lucro subiu 45,5% no trimestre, impulsionado por publicidade e pelos novos planos ‘ad-free’. A empresa revisou para cima suas projeções de receita e lucro no 3T25, mas alertou sobre margens menores, devido ao aumento dos gastos com marketing e produção.
‘Big Four Banks’: JPMorgan, Bank of America, Citigroup e Wells Fargo divulgaram números sólidos, com destaque para o avanço dos empréstimos comerciais, sinalizando um maior apetite por crédito entre empresas. Os bancos também apontaram para a retomada de M&As e um consumo estável — indicando uma economia americana ainda aquecida, mesmo com as incertezas tarifárias.
Impulsionados pelos bons resultados, os índices americanos S&P 500 e Nasdaq voltaram a renovar suas máximas históricas — o Nasdaq atingiu seu recorde pela 11ª vez em 2025, enquanto o S&P 500 registrou sua 9ª máxima no ano.
📊 Tudo isso mostra que acompanhar números e fundamentos das empresas é essencial para quem investe. Por isso, o Daily Fin se uniu à plataforma InvestingPro para oferecer uma base completa de indicadores, histórico de performance, projeções e análises. Tudo para ajudar você a tomar decisões mais seguras — seja para sua carteira ou para seus clientes.
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CINEMA E ENTRETENIMENTO
Imagem: The Daily Beast | Reprodução
🎬 Ingressos esgotados com um ano de antecedência? Isso mesmo. A estreia de “A Odisseia”, novo filme de Christopher Nolan, acontecerá apenas em 2026, mas os bilhetes para sessões em 26 salas de cinema IMAX já se esgotaram — algumas em poucos minutos. É a primeira vez que um filme de Hollywood inicia sua pré-venda com tanto tempo de antecedência.
E não é à toa: O longa será estrelado por nomes como Tom Holland, Zendaya, Matt Damon e Anne Hathaway. Além disso, será o primeiro filme inteiramente gravado com câmeras IMAX. As câmeras IMAX usam película com o dobro do tamanho das convencionais e seus projetores operam com luz mais intensa, exibindo imagens em altíssima definição, em telas gigantescas — maiores em altura e largura do que as de cinemas tradicionais.
Diante de uma experiência cinematográfica imersiva e cada vez mais cobiçada, a Netflix já fechou um acordo exclusivo com a IMAX para exibir, em 2026, a nova adaptação de “As Crônicas de Nárnia”. A Apple também entrou no jogo e seu filme “F1”, estrelado por Brad Pitt, teve sessões antecipadas em salas IMAX.
🎟️ Na concorrência… Redes como a Cinemark já estudam lançar uma alternativa à tecnologia, visando reduzir custos com licenciamento. Afinal, apesar de representar só 1% das salas no mundo, a IMAX costuma gerar até 20% das bilheteiras.
🏎️ O marketing acelerou. O filme “F1”, da Apple, já arrecadou US$ 400 milhões em bilheteria global. Não só isso, mas o filme também impulsionou as ações de marcas reais que aparecem como patrocinadoras da equipe fictícia APXGP. Ao todo, foram vendidos US$ 40 milhões em patrocínios, incluindo nomes como Tommy Hilfiger, SharkNinja, Expensify, Mercedes-Benz, EA Sports, Heineken e T-Mobile.
O que aconteceu? Ao comparar as ações dessas empresas na sexta-feira antes da estreia e na segunda-feira seguinte, o salto médio foi de 2,46%. Destaque para Tommy Hilfiger (+4,29%), SharkNinja (+4,08%) e Expensify (+3,77%). No total, o ganho conjunto foi de US$ 7,8 bilhões em valor de mercado. Uma semana depois, o avanço médio chegou a 3,35%.
Outro reflexo apareceu nas buscas: O Google Trends mostrou que o interesse por “Expensify” atingiu o maior valor desde agosto de 2022.
Para além das marcas, a Fórmula 1 vive um momento de ouro. Já são mais de 800 milhões de fãs no mundo, com destaque para o crescimento entre mulheres da Geração Z e o público jovem dos EUA. 🏁
SERVIÇOS E TECNOLOGIA
Imagem: Getty Images | Reprodução
🏢 De volta ao escritório. Pela primeira vez desde a pandemia, mais da metade das empresas da lista Fortune 100 passou a exigir presença integral no escritório. A título de comparação, em 2023, apenas 5% exigiam trabalho presencial todos os dias. Agora, em 2025, esse número subiu para 54%. Dentre as 10 maiores empresas da lista — incluindo Amazon e Apple —, todas exigem ao menos quatro dias por semana no escritório. Na semana passada, a Starbucks também passou a exigir quatro dias presenciais.
Por outro lado, o movimento está transformando o mercado imobiliário comercial. As idas aos escritórios subiram 1,3% entre abril e maio, na comparação com o mesmo período do ano passado. Diante disso, prédios corporativos de alto padrão em Nova York e São Francisco estão cobrando os maiores aluguéis da história. O home office — que parecia ter vindo para ficar — está perdendo espaço…
🤖 Guerra dos escritórios. Como comentamos na edição de sexta-feira (18), a OpenAI lançou o novo “ChatGPT Agent”, capaz de executar tarefas de forma quase 100% autônoma — como criar relatórios ou adicionar eventos ao calendário. Mas, nos últimos dias, ficou claro que o plano vai além: o ChatGPT agora permite criar planilhas e slides diretamente no chat, sem depender dos produtos Microsoft Office.
Na prática, basta pedir: “Crie uma planilha com base no relatório financeiro anual de São Paulo” ou “analise três concorrentes e monte uma apresentação”. O sistema interpreta, gera os arquivos Excel e PowerPoint e entrega tudo pronto para edição. Embora outras ferramentas, como o Microsoft Copilot, já ofereçam funções semelhantes, o ChatGPT é, até agora, o produto mais popular a colocar esse tipo de recurso nas mãos do público geral.
Para muitos, isso soa como uma provocação à hegemonia da Microsoft. Por outro lado, é parte do plano da OpenAI para fazer com que o ChatGPT deixe de ser só um assistente para respostas rápidas e passe a executar tarefas completas, do início ao fim.
CONSUMO E VAREJO
Imagem: Publicitários Criativos | Reprodução
🍫 Agora dá para beber seu break. A Nestlé lançou, na Indonésia, o KitKat Drink — uma versão em pó com sabor inspirado no famoso wafer coberto com chocolate. Basta misturar com água ou leite e curtir o “tenha um break, tenha um KitKat” em forma líquida, seja no café da manhã, no trabalho ou na escola.
A novidade faz parte da estratégia da empresa de ampliar o alcance de marcas já consolidadas. Feito com cacau de origem sustentável, o KitKat Drink reforça o compromisso com ingredientes certificados, mas aposta em praticidade e conveniência. Com isso, o KitKat deixa de ser exclusivo das prateleiras de snacks e passa a marcar presença em cafeterias e outros momentos do dia.
E essa tendência não é isolada. A Oreo lançou uma linha de sorvetes. A Starbucks criou cápsulas compatíveis com máquinas Nespresso. A Ferrero lançou picolés com sabores de suas marcas e lançou o Nutella Gelato na Europa. No fim, marcas icônicas querem mais do que estar no seu carrinho de compras — elas querem estar em todos os seus momentos.
🚬 De volta. Após três anos de indefinição, a FDA (agência reguladora dos EUA) autorizou a Juul a retomar as vendas de seus cigarros eletrônicos no país. A liberação marca o fim de um impasse iniciado em 2022, quando os produtos da marca foram banidos e, depois, tiveram a proibição suspensa para reavaliação científica. Na decisão desta quinta-feira (17), a FDA afirmou que os “benefícios” dos cigarros eletrônicos para fumantes adultos que buscam abandonar o cigarro tradicional superam os riscos à saúde pública — inclusive entre jovens.
Contextualizando: Desde sua chegada ao mercado, em 2015, a Juul foi acusada de contribuir para o aumento do consumo de vapes entre adolescentes. O uso de cigarros eletrônicos por estudantes do ensino médio nos Estados Unidos saltou de 220 mil, em 2011, para mais de 3 milhões em 2018. A empresa, aliás, desembolsou US$ 440 milhões em 2022 para encerrar um processo por direcionar publicidade a menores de idade.
Quadro geral: Após dominar 70% do mercado dos EUA em 2018, atualmente, a Juul responde por apenas 18%, atrás de concorrentes como Vuse e Geek Bar. Veja mais sobre a história da empresa, do auge à quase falência, neste vídeo.
NÚMEROS QUE BALANÇAM 🔎
Confira outras notícias cujos números surpreenderam nossa equipe e que podem mudar sua percepção.
🤖 Nova gigante. Perplexity, uma das startups de IA mais “quentes”, já vale US$ 18 bilhões.
💳 Hospedagem mais acessível. Airbnb agora permite parcelar estadias sem juros em até 6 vezes.
👨💻 O futuro chegou. Goldman Sachs contrata 1º modelo de IA como engenheiro de programação do setor bancário.
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