— edição Business —
Bom dia! Este é o Daily Fin Business – nossa edição especial aos domingos, com insights e notícias sobre o mundo dos negócios.
As principais notícias de hoje são:
👟 A Nike quer colocar um motor nos seus pés — literalmente.
📺 Netflix está “muito bem posicionada” para usar IA nas suas produções.
🏠 Airbnb lança recursos que deixam app mais parecido com rede social.
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Tempo de leitura: 4,65 minutos.
Escrito por: André Hermeto, Gabriel Branco e Gabriel Fraga.
PARA AVALIAR O IMPACTO 💭
A Nike quer colocar um motor nos seus pés — literalmente
Imagem: Nike | Reprodução
Corrida turbinada. Na semana passada, a Nike apresentou o Project Amplify, um tênis motorizado criado para ajudar corredores amadores a irem mais longe com menos esforço.
A tecnologia combina motor e bateria recarregável, impulsionando cada passada conforme o movimento natural da perna e do tornozelo (veja neste vídeo como funciona).
Voltado para quem corre entre 10 e 12 minutos por milha (cerca de 6 a 7 minutos por quilômetro), o Amplify não mira atletas de elite. O conceito é semelhante ao das bicicletas elétricas, que tornam o movimento mais fácil e prazeroso.
O lançamento está previsto para 2028, após uma fase de testes que já reúne 400 atletas e mais de 2,4 milhões de passos registrados.
E vai além… A marca também está testando o Nike Mind — calçados “neurocientíficos” que estimulam os pés e o cérebro — e a jaqueta inflável Therma-Fit Air Milano, que regula o calor corporal automaticamente e será usada pela equipe dos EUA nos Jogos de Inverno de 2026.
Nos bastidores, depois de anos focada em lifestyle, a Nike quer se reconectar com os atletas e mostrar que ainda sabe inovar. A virada acontece em meio à pressão de rivais como On e Hoka, que cresceram mantendo a performance como essência do negócio.
Em 2025, as ações da Nike acumulam queda de -8,67%. Será que o jogo vai virar? 📉
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RadarFin | Divulgação
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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Imagem: Giant Freakin Robot | Reprodução
🤖 “All in” na IA. Em sua última teleconferência de resultados, a maior plataforma de streaming do mundo, a Netflix, declarou estar “mergulhada de cabeça” no uso de inteligência artificial. O objetivo é claro: melhorar a experiência dos assinantes e transformar a forma como séries e filmes são produzidos. Segundo o CEO Ted Sarandos, a tecnologia não substitui a criatividade, mas pode ajudar os criadores a contar histórias “melhor, mais rápido e de novas maneiras”.
O contexto: Hoje, a empresa já usa IA para rejuvenescer personagens e testar cenários e figurinos — recursos aplicados, por exemplo, em “Um Maluco no Golfe 2” e na série “O Refúgio Atômico”.
Para assinantes, a expectativa é de melhorias na entrega de anúncios publicitários e recomendações de novos conteúdos, além de ajudar na tradução de materiais promocionais em diversos idiomas.
Mas o momento é delicado: A Netflix divulgou, na semana passada, um lucro abaixo do esperado, muito por conta de uma disputa tributária no Brasil, que pode custar à empresa US$ 619 milhões. A aposta na IA, embora promissora, também levanta tensões com atores e profissionais da indústria.
🕶️ Receita para o fracasso? Seguindo os passos da Apple — e seu lançamento abaixo das expectativas —, a Samsung apresentou seu novo headset Galaxy XR, dispositivo de realidade estendida que promete disputar espaço no mercado da computação espacial.
Como é? O modelo já vem com o assistente Gemini embutido. No design, a Samsung apostou em conforto e leveza, com bateria separada, protetor de luz removível e distribuição ergonômica do peso. Sensores avançados rastreiam olhos, mãos e movimentos da cabeça, enquanto microfones isolam ruídos externos.
Como funciona? Assim como o Apple Vision Pro, o Galaxy XR usa IA para compreender o ambiente, permitindo interações naturais com o Gemini e acesso imersivo a apps como YouTube, Google Maps e Google Fotos. É possível jogar, assistir a várias transmissões ao mesmo tempo ou editar vídeos em 3D diretamente no headset.
O modelo custa US$ 1.799 (cerca de R$ 9.700) — metade do preço do Vision Pro — e já está disponível nos EUA e na Coreia do Sul. Com funções similares e um valor mais acessível, a Samsung tenta evitar o tropeço da Apple e emplacar o primeiro sucesso real da categoria.
COMPUTAÇÃO QUÂNTICA E TECNOLOGIA
Imagem: Protos | Reprodução
🧠 Potência comprovada. O Google acaba de dar um passo gigante na corrida da computação quântica. A empresa anunciou que seu chip Willow conseguiu rodar um algoritmo — o Quantum Echoes — 13 mil vezes mais rápido que o supercomputador mais poderoso do mundo.
Relembrando… No ano passado, o Google anunciou que havia construído um computador quântico capaz de realizar cálculos complexos em 5 minutos — o que levaria 10 setilhões de anos em computadores tradicionais (mais que a idade do universo).
Agora, o novo avanço é considerado histórico, já que, pela primeira vez, uma máquina quântica resolveu um problema prático de forma confiável. O algoritmo foi capaz de prever a estrutura de uma molécula com precisão inédita, superando o principal método utilizado hoje para analisar essas estruturas: a Ressonância Magnética Nuclear.
A relevância: Segundo o Google, o feito abre caminho para usos reais em áreas como saúde, descoberta de medicamentos e novos materiais.
Enquanto isso, tem gente ganhando dinheiro… Na semana passada, ações de empresas do setor dispararam após rumores de que o governo dos EUA estaria negociando participações em companhias quânticas. Desde quarta-feira (22), a IonQ subiu 8,75%, a D-Wave saltou 19,64%, a Quantum Computing ganhou 4,44% e a Rigetti avançou 7,71%.
💻 OpenAI invade o Mac. A OpenAI adquiriu a Software Applications Inc., uma startup fundada por ex-funcionários da Apple que desenvolveu o Sky — um assistente virtual para macOS capaz de entender o que está na tela e executar tarefas automaticamente. A ideia da OpenAI é integrar essa tecnologia ao ChatGPT, permitindo que ele controle programas e otimize fluxos no MacBook.
Indo mais a fundo… A negociação incluiu a incorporação dos 12 funcionários da Software Applications ao time da OpenAI. Antes disso, a empresa já havia levantado US$ 6,5 milhões em rodadas com participação do próprio Sam Altman, CEO da OpenAI, e de Dylan Field, CEO da Figma.
A aquisição vem em meio ao lançamento do Atlas, um novo navegador da OpenAI que visa rivalizar com o Chrome. Além disso, o movimento reforça a estratégia da OpenAI de se tornar o “cérebro” por trás dos sistemas operacionais.
MERCADO E SERVIÇOS
Imagem: Airbnb | Reprodução
👥 Roteiros conectados. O Airbnb anunciou novas funções inspiradas em redes sociais para quem participa das chamadas “Experiências” — atividades extras oferecidas dentro do aplicativo, como trilhas guiadas com moradores locais.
A partir de agora, ao reservar uma experiência, o usuário poderá ver quem mais estará presente, trocar mensagens diretas e adicionar novas conexões ao perfil. Tudo acontece com consentimento do usuário e dentro do próprio app, tornando a vivência mais integrada e interativa.
Ampliando a visão: Fundado em 2007, o Airbnb tem mais de 150 milhões de usuários e está presente em mais de 100 mil cidades ao redor do mundo. Agora, as atualizações fazem parte da estratégia da empresa de ir além das simples hospedagens.
🏡 Liberdade que vale ouro. Um novo estudo de Harvard mostrou que muitos trabalhadores aceitariam até 25% a menos no salário para trabalhar de casa — trocando, por exemplo, um salário anual de US$ 200 mil por US$ 150 mil se isso garantisse o “home office”.
A pesquisa analisou dados entre 2023 e 2024, cruzando informações das plataformas de emprego Levels.fyi e Glassdoor. Segundo os autores, a disposição para aceitar cortes salariais foi de 3 a 5 vezes maior do que em estudos anteriores.
E tem mais… Um outro levantamento do LinkedIn mostrou que 40% dos profissionais da Geração Z e Y aceitariam ganhar menos por mais flexibilidade. Já a consultoria Robert Half apontou que, quando a proposta financeira não agrada, muitas empresas oferecem trabalho remoto como compensação.
💭 Trocar dinheiro por liberdade pode parecer um luxo — mas, para alguns, é uma escolha que faz cada vez mais sentido.
NÚMEROS QUE BALANÇAM 🔎
Confira outras notícias cujos números surpreenderam nossa equipe e que podem mudar sua percepção.
💸 Haja dinheiro. OnlyFans pagou aos criadores US$ 25 bilhões desde 2016, diz CEO.
👨💻 Mais um. Oracle e OpenAI planejam construir data center de US$ 15 bilhões em Wisconsin.
🤑 Singelo aumento. CEO da Microsoft ganha ‘aumento’ e recebe quase US$ 100 milhões em 2025.
💼 E você? 86% dos profissionais brasileiros relatam sintomas de burnout, revelando ‘esgotamento em massa’.
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