
— edição Business —
Bom dia! Este é o Daily Fin Business – nossa edição especial aos domingos, com insights e notícias sobre o mundo dos negócios.
As principais notícias de hoje são:
🤖 Novo GPT-5 virou dor de cabeça para a OpenAI.
🏠 Airbnb permite adiar pagamentos de reservas.
🧠 OpenAI apoia rival para disputar chips cerebrais com Neuralink.
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Tempo de leitura: 4,65 minutos.
Escrito por: André Hermeto, Gabriel Branco e Gabriel Fraga.
PARA AVALIAR O IMPACTO 💭
Novo GPT-5 virou dor de cabeça para a OpenAI

Imagem: Axios | Reprodução
Atualizou… e piorou? Na última semana, muitos usuários do ChatGPT relataram frustração com o GPT-5, o novo modelo de inteligência artificial da OpenAI.
Lançado no início deste mês, ele prometeu mais velocidade, inteligência e precisão — com desempenho de “especialistas com doutorado”. Mas, na prática, apresentou lentidão, falhas e respostas abaixo do esperado.
Em fóruns online, as queixas foram de todo tipo. Um usuário contou que uma consulta simples em SQL (linguagem de programação) demorou mais de um minuto para ser respondida — tempo considerado alto para esse tipo de tarefa. Outros disseram que o novo modo “Thinking” ficou travado e com respostas “frias demais”.
O impacto também foi emocional. Isso porque, com a chegada do GPT-5, o GPT-4o foi retirado do ar sem aviso prévio — o que pegou muitos usuários de surpresa. Muitos lamentaram a perda de suas “almas gêmeas virtuais” e criticaram o novo modelo, considerado impessoal.
A repercussão foi tamanha que Sam Altman, CEO da OpenAI, usou o X para anunciar melhorias. O GPT-5 agora oferece três modos de uso — Auto, Fast e Thinking —, o limite de mensagens foi ampliado e o GPT-4o voltou a ser acessível para assinantes pagos.
Altman também participou de um fórum no Reddit, onde explicou que um bug no sistema de roteamento fez o GPT-5 parecer menos inteligente do que realmente é — já que parte das conversas não estava sendo direcionada para o modelo de resposta mais adequado.
Indo além… Essa não foi a única polêmica envolvendo IA nos últimos dias. Um documento interno da Meta, revelado pela Reuters, indicou que suas diretrizes de teste não impediam que chatbots gerassem desinformação médica, conteúdo racista e até interações de tom romântico com contas de menores.
INVESTIMENTOS E FINANÇAS

Imagem: Axios | Reprodução
🇲🇽 O México virou o jogo. Pela primeira vez, o país ultrapassou o Brasil como principal destino de investimentos em startups na América Latina. Nos seis primeiros meses de 2025, o México atraiu 46% dos US$ 1,7 bilhão investidos na região — o dobro da fatia brasileira, que ficou em 23%. Das dez maiores rodadas de investimento, quatro aconteceram em solo mexicano, enquanto o Brasil teve apenas uma.
O contraste é ainda mais gritante quando olhamos para o histórico. Em 2014, o Brasil concentrava 85% dos aportes da região. Em 2020 e 2021, ainda liderava com folga, mesmo com quedas: 59% e 48%, respectivamente. Em 2024, esse número caiu para 44%. Agora, em 2025, despencou para o menor patamar já registrado, de 23%.
O que explica essa virada? De acordo com analistas, três fatores principais. Primeiro, os juros altos no Brasil têm desviado o foco dos investidores para a renda fixa. Segundo, instituições de fomento têm incentivado aportes fora do país. Por fim, o cenário político instável vem afastando capital estrangeiro.
🛏️ Reserve agora, pague depois. O Airbnb anunciou uma nova opção de pagamento nos EUA que permite ao usuário reservar uma acomodação sem precisar pagar na hora. A modalidade adia a cobrança para uma data próxima ao check-in, desde que o valor seja quitado antes do fim do prazo de cancelamento gratuito. Com isso, os anfitriões ainda podem oferecer a hospedagem a outros hóspedes em caso de desistência.
A novidade vem na esteira de uma pesquisa feita pela própria empresa, segundo a qual 60% dos americanos valorizam opções de pagamento mais flexíveis na hora de planejar as férias. A proposta é simples: dar mais liberdade aos viajantes e, claro, atrair mais turistas para o Airbnb.
Mas nem tudo é só conveniência… Por trás das cortinas, essa mudança tem impacto direto no modelo de negócios da empresa. Hoje, quando você paga por uma reserva com meses de antecedência, o Airbnb segura esse valor até o dia do check-in, antes de repassá-lo ao anfitrião. Enquanto isso, aplica os valores no mercado financeiro e lucra com os rendimentos. Em 2024, só esse “dinheiro parado” representou cerca de 40% do lucro líquido da empresa.
SERVIÇOS E REDES SOCIAIS

Imagem: Bloomberg | Reprodução
📡 Wi-Fi nas alturas. A Saudia, companhia aérea nacional da Arábia Saudita, está em negociações com a SpaceX para instalar o serviço de internet Starlink em mais de 140 aeronaves. Se confirmado, o acordo marcará um passo importante para Elon Musk no mercado global de conectividade a bordo. A tecnologia da Starlink funciona via satélites e promete internet rápida até mesmo sobre oceanos, regiões polares e áreas remotas. Para se ter ideia, a Starlink possui cerca de 7.000 satélites orbitando a Terra.
A lista de companhias que já contrataram a Starlink só cresce. United Airlines, Virgin Atlantic, Qatar Airways e Hawaiian Airlines já fecharam acordos. A British Airways e a Emirates, dona da maior frota de aviões de longa distância do mundo, também estão em negociações.
No fim das contas, todos saem ganhando: para as companhias, é um atrativo a mais para fidelizar passageiros. Para quem voa, é o fim da internet lenta (ou inexistente) nos aviões — liberando streamings, jogos, compras online e muito mais, como se você estivesse no sofá de casa.
🧩 Sudoku no escritório. O LinkedIn acaba de lançar o “Mini Sudoku”, uma versão rápida do clássico jogo, que pode ser resolvida em apenas dois ou três minutos. É o sexto game a ser incluído na rede profissional e foi desenvolvido em parceria com a editora japonesa Nikoli e com Thomas Snyder, tricampeão mundial de Sudoku. A estratégia faz parte de um movimento iniciado no ano passado, com o objetivo de tornar o LinkedIn mais leve e gerar novas conexões — agora, também através do entretenimento.
E tem funcionado: Segundo a empresa, milhões de pessoas jogam os games diariamente. A Geração Z é o grupo mais engajado e, no total, 86% dos jogadores retornam no dia seguinte e 82% continuam jogando na semana posterior. Ser o mais rápido no jogo pode não garantir uma vaga de emprego, mas, para o LinkedIn, sua atenção “vale ouro”.
Quadro geral: Lançado em 2003 e comprado pela Microsoft por US$ 27 bilhões, em 2016, o LinkedIn segue em expansão. A receita subiu 9% no último trimestre, chegando a US$ 4,6 bilhões. Mesmo assim, ainda está distante dos números da Meta — com 3,5 bilhões de usuários diários, somando Facebook, Instagram e WhatsApp.
TECNOLOGIA

Imagem: Mashable | Reprodução
🧠 Disputa cerebral. Além dos chatbots, a rivalidade entre Sam Altman e Elon Musk agora chegou aos implantes cerebrais. A novidade é a Merge Labs, startup cofundada por Altman, que busca levantar US$ 250 milhões e pode alcançar um valor de mercado de US$ 850 milhões. A maior parte do aporte deve vir do OpenAI Startup Fund, fundo de investimentos ligado à OpenAI. Altman não colocará recursos próprios nem terá participação no dia a dia, mas está diretamente envolvido no lançamento.
O projeto também conta com Alex Blania, fundador da Worldcoin, empresa focada em identificação digital por escaneamento ocular. A proposta da Merge Labs é conectar cérebro e inteligência artificial de forma mais direta — disputando espaço com a Neuralink, de Musk, que, recentemente, captou US$ 650 milhões e já é avaliada em US$ 9 bilhões.
Curiosidade: O nome “Merge” faz referência à ideia de fusão entre humanos e máquinas. Pode soar futurista, mas muita gente já está de olho…
🚕 Corrida nova-iorquina. A Tesla está recrutando motoristas em Nova York para conduzir seus veículos e ajudar no desenvolvimento dos robotáxis — com salário de até US$ 33 por hora. Os veículos ainda não rodam sozinhos, mas os trajetos irão treinar o sistema de direção inteligente. Segundo autoridades locais, a empresa ainda não pediu autorização para testes com carros autônomos na cidade.
Em estados com regras mais flexíveis, o projeto já saiu do papel. No Texas, a Tesla tem licença para operar corridas autônomas e conduz um projeto-piloto em Austin, restrito a convidados e com supervisão humana.
Voltando à Nova York, quem saiu na frente foi a Waymo, do Google. A empresa já pediu permissão para circular com carros autônomos acompanhados por um supervisor, como exige a lei estadual. Se os robotáxis ganharem espaço, o impacto pode ser direto: nos cinco distritos da cidade, são cerca de 50 mil motoristas entre táxis e aplicativos.
NÚMEROS QUE BALANÇAM 🔎
Confira outras notícias cujos números surpreenderam nossa equipe e que podem mudar sua percepção.
⚖️ Tribunal lotado. Anthropic enfrenta maior ação coletiva de direitos autorais já registrada, com até 7 milhões de autores.
🔆 Sol em alta. SunRun, empresa norte-americana de energia solar, sobe 32% com balanço forte e novo incentivo fiscal do governo; outras empresas do setor também dispararam.
🚗 Barreiras elétricas. Rivian, fabricante de veículos elétricos, diz que novas regras para o setor podem custar à empresa US$ 100 milhões em faturamento.
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