Governo vai ao STF contra derrubada do IOF

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Neste dia, em 1698, o inventor Thomas Savery patenteou a primeira máquina a vapor na Inglaterra. Sua invenção, chamada de “máquina de levantar água”, foi um marco na revolução industrial, abrindo caminho para o uso de vapor na indústria e na exploração mineral.

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A edição #512 de hoje conta com 1.954 palavras e um tempo de leitura de 5,54 min.
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Data de referência em relação ao dia de ontem, 01/07.
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O Ibovespa fechou em alta de 0,50%, aos 139.549 pontos, nesta terça-feira (1º). Em Wall Street, o S&P 500 caiu -0,11% e o Nasdaq recuou -0,82%.

Por lá, os índices recuaram após o Senado americano aprovar o pacote orçamentário de Trump, elevando o clima de cautela nos mercados (mais detalhes na seção “Mundo”).

Por aqui, o destaque foi a Embraer (EMBR3), que avançou 4,42% após anunciar a venda de 45 jatos E195-E2 para a Scandinavian Airlines, em um contrato estimado em US$ 4 bilhões. ✈️

Frio lá fora, calor no STF. Mesmo com temperaturas baixas em boa parte do país, Brasília vive uma “ebulição” política. Ontem (1º), o advogado-geral da União oficializou que o governo vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a derrubada do aumento do IOF — aprovada pelo Congresso Nacional, na semana passada.

Relembrando… O IOF é um imposto cobrado em operações como empréstimos, câmbio, seguros e investimentos. Em maio, o governo anunciou um decreto presidencial que elevou o IOF, como forma de aumentar a arrecadação.

O que está em jogo? Para a AGU, a derrubada do Legislativo fere a separação dos Poderes e contraria o artigo 153 da Constituição, que atribui à União a competência para instituir impostos sobre “operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários”.

Na ação, a União ainda alega que a revogação provocará “riscos fiscais graves ao Estado”, com perda de arrecadação de R$ 12 bilhões em 2025. Para cobrir esse rombo, o governo teria que aumentar outros impostos ou fazer novos cortes no orçamento — o que só aumentaria a tensão política e fiscal.

Do outro lado… O presidente da Câmara, Hugo Motta, criticou a decisão do governo de judicializar o caso e disse que pode piorar a crise entre os Poderes. Nas redes sociais, reforçou que sua atuação é “em nome do país, não de partidos”.

Mais destaques no país:

Novo avanço. O megapacote de cortes de impostos proposto por Donald Trump foi aprovado nesta terça-feira (1º) pelo Senado norte-americano.

Como foi? Apesar da maioria republicana no Senado, a votação foi apertada e se estendeu pela madrugada — em meio a divergências sobre benefícios fiscais e preocupações com a dívida pública do país. No fim, o projeto foi aprovado por apenas 1 voto de diferença.

Sobre o que trata? O texto visa tornar permanentes os cortes de impostos sobre renda individual e heranças, aprovados durante o primeiro mandato de Trump, em 2017. Além disso, isenta de impostos gorjetas, horas extras e certos juros de financiamentos de veículos.

Para compensar parte da perda de arrecadação, também restringe o acesso a programas de saúde (Medicaid) e alimentação para pessoas de baixa renda.

O que esperar? Segundo o Escritório de Orçamento do Congresso, a lei adicionaria US$ 3,3 trilhões à dívida de US$ 36,2 trilhões do país — o que poderia desacelerar o crescimento econômico.

Musk também não gostou… Ontem (1º), o homem mais rico do mundo voltou a criticar a medida, chamou os gastos de Trump de “insanos” e prometeu apoiar candidatos contra quem votar a favor do projeto. Ele também defendeu a criação de um novo partido, o “Partido da América”.

Para saber mais... A volta ao mundo em menos de 1 minuto:

Foguetes ao vivo. A gigante americana do streaming Netflix anunciou que, a partir de agora, seus usuários poderão assistir a lançamentos de foguetes e caminhadas espaciais da NASA.

Por trás do business: No fim das contas, os dois lados saem ganhando:

Quadro geral: Além da parceria com a NASA, a Netflix tem investido cada vez mais em programações ao vivo. No ano passado, a Netflix adquiriu os direitos exclusivos de transmissão do Raw, uma das competições da WWE — a principal empresa de luta livre do mundo.

Em seguida, o “tudum” fechou um acordo com a NFL para transmitir os jogos de Natal de 2025 e 2026 — incluindo o show do intervalo com Beyoncé. A plataforma também será a responsável por exibir, nos EUA, a Copa do Mundo de Futebol Feminino em 2027 e 2031.

Um pulo pelo mundo corporativo:

Veja outras curiosidades sobre ciência, esportes, arte e mais.

🏀 Aumento bilionário. Após conquistar seu primeiro título da NBA e levar todos os prêmios de MVP possíveis (finais da NBA, finais de conferência e temporada regular), Shai Gilgeous-Alexander agora é o jogador mais bem pago da história da liga. O armador renovou com o Oklahoma City Thunder por mais quatro anos, em um contrato de US$ 285 milhões — cerca de R$ 1,5 bilhão.

🧪 Doses de otimismo. A Moderna anunciou que sua vacina experimental contra a gripe, baseada em mRNA, apresentou resultados positivos em um estudo de fase 3. O imunizante gerou resposta imunológica mais forte que as vacinas atuais — o que pode revolucionar o combate à gripe, principalmente entre idosos.

🧠 Ciência turbinada. A Microsoft deu um passo importante rumo à chamada “superinteligência médica” com o lançamento do MAI Diagnostic Orchestrator (MAI-DxO), que pode quadruplicar a eficiência dos diagnósticos e cortar os custos em quase 20%.

Buscando novidades e inspirações?

🏗️ Do topo à crise. O canal “Curioso Mercado” reconstruiu a trajetória da Odebrecht e mostrou como a gigante da construção virou símbolo de poder, corrupção e colapso no Brasil (Assistir).

🌎 Tabuleiro global. No episódio #229 do podcast Market Makers, Giovanni Vescovi analisou o papel estratégico do Oriente Médio nos mercados e os riscos de um mundo com juros altos (Assistir).

📷 De um close no olho de uma baleia a nuvens de fumaça vulcânicas e galáxias multicoloridas, a Nature reuniu as fotos científicas mais impressionantes de junho — vale a pena conferir (veja aqui).

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Texto e curadoria das notícias: André Hermeto, Gabriel Branco e Gabriel Fraga.